Dom Casmurro (1899) - Machado de Assis



Bentinho, apelidado de Dom Casmurro desde a sua juventude, conta-nos em primeira pessoa a história da sua vida.

Desde os seus 15 anos que Bentinho é apaixonado por Capitu, mas uma promessa da sua mãe em o tornar padre é uma ameaça à sua felicidade. Capitu tenta arranjar estratégias para evitar a ida de Bento para o seminário, já que ela também é apaixonada por ele. Mas a fase de estudos no seminário é inevitável, e só mais tarde é que os dois conseguem arranjar forma de se casarem com a ajuda do grande amigo de Bentinho, o Escobar.

É comum este romance ser conhecido pela relação de desconfiança e ciúmes que Bento tem em relação a Capitu. O mais interessante é que apenas conhecemos esta história sob o seu ponto de vista, e de uma forma pouco confiável, o que nos deixa questões que não são possíveis de responder totalmente. Será que Capitu era tão dissimulada assim? Será que Bentinho tinha razões para desconfiar de Capitu?

Eu formei a minha opinião sobre essas questões, mas não posso revelar aqui. Nada é provado totalmente. No final, apesar de cada um de nós podermos tirar as nossas próprias conclusões, há sempre detalhes que suscitam dúvidas e que nos deixam com "a pulga atrás da orelha"...

Este é o terceiro romance da "trilogia realista" de Machado de Assis, mas penso que não deve fazer diferença começar por ele. Os outros romances da trilogia são Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881) e Quincas Borba (1891). Claro que estes já foram para a minha lista de livros a ler.

Editora: Lello & Irmão - Editores
Páginas: 265
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